ABSTRACT
Poor growth and intestinal parasitic infections are widespread in disadvantaged urban children. This cross-sectional study assessed factors influencing poor growth and intestinal parasites in 376 children aged three to six years in daycare centers in Salvador, in the Northeast Region of Brazil. Data was obtained from seven daycare centers on child weight, height, socio-economic status, health and intestinal parasites in stool samples. Prevalence of moderate underweight (< -1SD > -2SD), wasting and stunting was 12%, 16% and 6% respectively. Socioeconomic status, birth order, and maternal weight were predictors of poor anthropometric status. Almost 30% of children were infected with more than one intestinal parasite. Helminths (17.8%), notably Trichuris trichiura (12%) and Ascaris lumbricoides (10.5%), and protozoan Giardia duodenalis (13%) were the most common types of parasites detected. One percent of children had hookworm and Cryptosporidium sp. and 25% had non-pathogenic protozoan cysts. Boys from families with very low socio-economic status had lower linear growth and presented a greater risk of helminth infection. Deworming is considered an alternative for reducing the prevalence of intestinal parasitic infections in this age group.
Déficit de crescimento e parasitoses são comuns entre crianças residentes em periferias. Em estudo transversal com 376 pré-escolares (3-6 anos) de creches em Salvador, Nordeste do Brasil, avaliamos fatores predisponentes para déficit de crescimento e parasitose. Obtiveram-se dados em sete creches sobre peso da criança, altura, nível socioeconômico, estado de saúde e parasitos em amostras de fezes. Prevalência de baixo peso (-1 < DP > -2), desnutrição e baixa estatura foram 12%, 16%, e 6%, respectivamente; nível socioeconômico, ordem de nascimento e peso materno foram preditores da antropometria. Aproximadamente 30% estavam infectados com ≥ 1 parasita. Helmintos (17.8%), notavelmente Trichuris trichiura (12%) e Ascaris lumbricoides (10.5%) e protozoário Giardia duodenalis (13%) foram os mais comuns; < 1% tinha ancilostomíase e Cryptosporidium sp.; 25% apresentaram protozoários cistos não patogênicos. Meninos de famílias muito pobres tiveram menor crescimento e maior risco de helmintose. A desparasitação pode ser considerada uma alternativa para a redução da prevalência de parasitoses intestinais nesse grupo etário.